
Informações:
Envolvido com Teatro, Música e Cultura Popular Caio Padilha é cientista social, ator, nascido em família de músicos. Desde 2011 ministra oficinas de Rabeca para jovens e adultos em diversas instituições dentro e fora do Brasil já tendo recebido dois Prêmios Funarte pela Iniciativa (2012 e 2017). Em 2012/2013 foi solista com sua Rabeca numa série de apresentações com a Orquestra Sinfônica da UFRN (Parcerias Sinfônicas 100 anos de Gonzagão - gravado pelo SESC TV-SP). Sua experiência internacional se resume à temporada de shows com a Tocandira Band no Oriente Médio (Doha/Qatar -2013), apresentações solo na Europa: França, Suiça e Austria, além de pelo menos cinco diferentes cidades dos Estados Unidos em 2015, 2016 e 2017. Tem CD gravado em 2016, com apoio do Sebrae, intitulado ARRIVALS: Rabecas e Arribaçãs. O disco é o primeiro de uma trilogia e foi citado por site especializado entre os 50 principais lançamentos independentes do Brasil em 2017. Além disso obteve excelente repercussão crítica em meios importantes da TV Cultura em SP (Programa Sr Brasil - Rolando Boldrin) e Radio Senado (Programa Escala Brasileira e Brasil Regional). Com o Selo Kuarup - SP (2019) lançou também um disco de Rabeca para crianças intitulado Um Sonho de Rabeca no Reino da Bicharada - único do gênero no Brasil. E em 2018, fez a direção musical do espetáculo Chuva de Bala no país de Mossoró, e recebeu o Prêmio Grão de Música Brasileira.
HISTÓRICO:
Caio Vitor Gonzaga Padilha, ator do Grupo Estação de Teatro em Natal-RN. É também músico rabequeiro, poeta e compositor. Nascido em 1986 no Rio de Janeiro e radicado na capital potiguar desde 1994.
ORIGEM FAMILIAR:
Seu pai, Almir Padilha, é cantor e compositor popular natural de Parnamirim, filho de um enfermeiro e uma costureira. Na ocasião do nascimento de Caio, em 1986, Almir era casado com a pianista carioca Maria Clara, com quem durante temporadas no Rio de Janeiro também trouxe ao mundo a pequena Amanda. Almir dividia com Clara a profissão de músico na noite e parcerias de canções autorias, pelo menos duas delas já gravadas por Caio Padilha: "Festa no Quintal" e "A Banda Tom". Outras canções da dupla na década de 80 foram gravadas em um LP independente e produzido pelo maestro Joca Costa e intitulado "Tudo de Bom", sendo um lado protagonizado por Almir e outro por Clara. Cacaia como era carinhosamente chamada pela família, tinha uma musicalidade notável que transitava bem entre o erudito e o popular. De voz suave e muitíssimo afinada encantava as rodas de amigos da família chefiada pelo mangueirense e flamenguista Genilson Gonzaga, jornalista de prestígio, que encerrou a carreira como diretor do Jornal do Comércio no Rio de Janeiro. As referências culturais nordestinas e cariocas na primeira infância de Caio foram fundamentais para formar o repertório artístico do músico rabequeiro.
Já com o divórcio de seus pais na década de 90 a balança pendeu de vez para a cultura nordestina, pois sua mãe se concursou para professora de piano da Ufrn em Natal, onde se mestrou e doutorou, tendo chegado até o cargo de direção da escola de música.
No segundo casamento de Maria Clara com o maestro e produtor potiguar Franklin Nogvaes, Caio entra em contato com a herança musical de João de Orestes, antigo diretor de banda baile e chefe de família de músicos na capital potiguar. Convivendo com o filho mais velho de João, agora esposo se sua mãe, Franklin Novaes, Caio viu de perto diversos processos de produção, gravação de discos, direção e arregimentação de bandas, bem como teve oportunidade de conviver com diversos músicos e artistas de diferentes origens: bandas como Alcatéia Maldita com Raul Cruz, Carlão, Pereirinha; bandas de forró como Circuito Musical; Diversos compositores das edições do Festival Canta Nordeste da Rede Globo que Franklin dirigiu entre outros. Franklin também trouxe com ele seus filhos de outros casamentos, que passaram a ser, por consentimento de sua mãe, tratados como irmãos de Caio e Amanda. Amanda Padilha, até então sua única irmã de sangue, e, Kadja Gomes (do primeiro casamento do Franklin) estudavam piano. Alma Desirée (segundo casamento) aparecia de vez em quando. O irmão Fidja, irmão mais velho de Kadja estudava percussão e se tornou professor do IFPB. Mais tarde veio o irmão caçula que uniu a família. Rafael Gomes de Almeida Gonzaga já nasceu um prodígio do violão. Ainda muito criança demonstrou grandes habilidades musicais e contribuiu para gravar o primeiro disco de Caio Padilha em 2015. ARRIVALS: Rabecas e Arribaçãs.
TRAJETÓRIA ARTÍSTICA
Ainda muito criança, três para quatro anos de idade, na casa do padrinho que era violinista da orquestra sinfônica do Rio de Janeiro, Caio decidiu que queria tocar violino. Em pouco tempo ganhou de seu avô paterno o instrumento e já frequentava aulas de música pelo método Suzuki. Aos 8 anos, quando se mudou definitivamente para Natal, passou a estudar violino com o método tradicional europeu, com o qual não se adaptou muito bem. Até que finalmente desistiu do instrumento, mesmo depois de ter vencido concursos mirins, lá pelos 12 anos de idade. Ainda estudou um pouco de teoria musical e seguiu tendo contatos esporádicos com diversos instrumentos, bem como um namoro descompromissado e constante com o piano de sua mãe. Nessa primeira infância em Natal foram marcantes as aulas de iniciação musical de Maria Helena (esposa do saudoso Manoca Barreto), Coral infantil de Lurdinha e a edição de um livro de poesias, fortemente incentivado por seu pai.
Depois veio uma adolescência descomprometida com o estudo da música. Caio presta vestibular para Ciências Sociais em 2004 e não só passa entre os primeiros como se forma com título de aluno laureado da turma. A essa altura já mora sozinho e anda sempre com um violão ou uma escaleta, frequentando o chorinho do Beco da Lama e compondo suas primeiras canções, letra e música.
Nesse período houveram muitos acontecimentos importantes para sua trajetória artística. Caio Padilha conhece sua esposa Manu Azevedo, concluinte do curso de artes cênicas, venceu o festival Universitário da Canção na categoria oficial e popular, participou de movimentos culturais como o MPSol com Júlio Lima e outros amigos, monta com Nara Kelly e Rogério Ferraz o primeiro espetáculo do Grupo Estação de Teatro, onde até hoje atua e assina direções musicais, e grava dvd com o grupo que fundou chamado 3 da Matina após premiação de edital na Casa da Ribeira em 2009.
Filho de músicos e numa cidade relativamente pequena Caio já conhecia todos do meio e gozava do respeito de muitos artistas locais. Se apresentando como ator, músico compositor e intérprete. Se envolveu fortemente com instrumentos populares que não tinham espaços na academia. Tais como a sanfona, a Viola Caipira, e a rabeca. Nessa última passou a dar oficinas dentro e fora do Brasil e no ano de 2013 foi solista rabequeiro com orquestra em homenagem aos 100 anos de Luís Gonzaga. Uma destas apresentações foi gravado pela TV Sesc em SP. Em seguida Caio Padilha recebeu primeiro convite para passar uma temporada tocando no Oriente Médio. Cumpriu no Qatar contrato de 1 ano tocando música brasileira em um hotel ao lado dos amigos Sami Tarik e Silva Sol.
Depois disso Caio não parou mais. Se apresentou na França, Suíça, Áustria, e Estados Unidos. Gravou seu primeiro disco através de financiamento coletivo na Internet onde arrecadou mais de 10 mil reais para a produção. Mantém um trabalho ativo no Teatro de grupo brasileiro tendo circulado com espetáculos por 18 estados do país.
Seu disco intitulado ARRIVALS: Rabecas e Arribaçãs recebeu reconhecimento a ponto de ser convidado para participar do programa Sr Brasil apresentado pelo grande Rolando Boldrin na TV Cultura em São Paulo. Em 2016, pelo Grupo Estação de Teatro compôs um disco de rabeca para crianças intitulado um Sonho de Rabeca no Reino da Bicharada, inspirado num espetáculo teatral de mesmo nome.